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Somos uma sociedade mais frágil ou mais forte?

Ao longo dos séculos, a visão sobre a morte tem mudado drasticamente, segundo especialistas.

Ontem estava assistindo a um documentário muitíssimo interessante sobre o perfil da nossa sociedade atual, e uma das primeiras perguntas feita ao psicólogo entrevistado foi: “Nossa sociedade atual é muito frágil?”

A resposta dele foi voltada totalmente para o tema do documentário, que se propõe a responder sobre a tal ‘doença do século’ elencada pela ONS: a depressão. Mas confesso que fiquei pensativa num âmbito muito mais amplo do que isso, e agora há pouco me peguei pensando sobre o quanto a sociedade atual encara de frente assuntos ainda mais complexos, como a morte, por exemplo.

Eu confesso que ainda fico assustada com o quanto isso é um tabu ainda hoje. Mas lendo algumas coisas sobre o tema, tendo a acreditar que isso não foi sempre assim.

Ao longo dos séculos, a visão sobre a morte tem mudado drasticamente, segundo especialistas.

Nas sociedades antigas, a morte era considerada parte natural da vida. Os antigos egípcios, por exemplo, acreditavam na vida após a morte e realizavam extensos processos de mumificação e enterro para garantir que o espírito do falecido tivesse um corpo intacto para habitar na próxima vida.

Já outras culturas, como os gregos antigos, acreditavam em um submundo governado por Hades, onde as almas dos mortos ficavam para sempre. Eles realizavam rituais para honrar os mortos e buscavam conforto na ideia de que a morte era apenas uma transição para outra forma de existência.

Atualmente, tenho ouvido e lido muito sobre o tema. Os vídeos espiritualistas são muito interessantes. Ouvi outro dia sobre os grandes ceifadores, que vêm de tempos em tempos sobre a Terra para desapegar as pessoas de hábitos ou costumes que são prejudiciais para a sua ascensão espiritual. Esse espiritualista que ouvi dizia que em 2023, o grande ceifador será o desapego, e que se incluem nesse processo não só as pessoas que têm apego material, mas também aquelas que são extremamente apegadas a pessoas. Ele inclusive citou diversas vezes no vídeo as mães, que veem na sua maioria os filhos como sendo algo seu, e que não suportam sequer pensar na ideia de perde-los. Então se numa pessoa ‘normal’ essa condição da morte é algo assustador e surreal de se pensar, imagine numa mãe que vê seu filho como seu e não do mundo?! Deve ser simplesmente desesperador! Não que eu, como mãe, não tenha medo de perder meus filhos: vou dormir toda noite pensando nisso e no quanto quero viver para sempre ao lado deles. Mas ao mesmo tempo, sempre tive em mente que a morte é a única certeza dessa vida, e que todos temos nossa hora já definida de alguma forma.

Mas o fato é que os especialistas e psicólogos, em sua maioria, são taxativos ao afirmar que a sociedade atual mudou muito sua forma de ver a morte: ao invés de evoluirmos ou nos mantermos na visão dos povos antigos, atualmente as pessoas tendem a evitá-la a todo custo e vê-la como uma ameaça constante.

E é fácil enxergar o quanto isso é real, não precisa muitas vezes nem pensar na morte. Quantas pessoas você conhece que têm um medo excessivo de envelhecer? Eu conheço muitas! A exceção é quem gosta de fazer aniversário e comemorar mais um ano de existência. E é engraçado, pois tudo é uma questão de ponto de vista. Você pode enxergar um aniversário como “mais um ano de vida” ou como “menos um ano de vida”. Já parou para pensar nisso?!

E voltando para o documentário que citei no início do texto, que trata sobre a ‘doença do século: a depressão’, seria de se estranhar muito realmente que numa sociedade altamente depressiva, a morte pudesse ser vista como uma parte natural da existência.

Curioso pensar que mesmo com todo o avanço do mundo, a morte, que é algo tão primário e básico, seja vista hoje em dia com muito mais dificuldade do que há tempos atrás, onde a informação, por exemplo, era muito mais escassa. Seria esse o problema? Minha mãe sempre costumou nos dizer que teoria demais pode emburrecer as pessoas, e estou chegando à conclusão de que essa pode ser uma sábia verdade!

Outro ponto que especialistas levantam é que hoje em dia, com o avanço da medicina e tecnologias que prolongam a vida, a morte tornou-se cada vez mais temida e encarada como uma falha ou erro. É como se a morte pudesse e devesse ser evitada a qualquer custo.

Vejam como tudo pode estar conectado, quando começamos a pensar nisso mais a fundo: como uma sociedade de pessoas que vivem para evitar o envelhecimento e a morte pode ser saudável? É como viver para não morrer, e não viver para viver! Há como fugir de uma depressão nesse processo insano? Eu acredito que não! A morte, que deveria ser encarada como algo natural, evoluiu para uma preocupação constante e algo a ser evitado a todo o custo.

A morte deveria, desde sempre, ser encarada como uma parte inevitável da vida. É importante aceitar que todos iremos morrer um dia e, em vez de temê-la ou tentar evitá-la a todo custo, deveríamos aprender a conviver com essa realidade. Encarar a morte com serenidade pode nos ajudar a valorizar mais o presente e a buscar o significado real em nossas vidas.

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