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Os que amamos nunca morrem - Capítulo II

Quem amamos nunca morre – Capítulo II: nossos anos vivendo juntos em São Paulo… 

Continuando essa reflexão de que, quem amamos nunca morre, vou continuar contando um pouco da minha história com meu papai Sé.

Para conseguir dar conta dos seus trabalhos na Faculdade, Sé veio morar comigo no apartamento de São Paulo. Durante alguns anos (não sei exatamente quantos, minha memória falha) eu morei sozinha, e depois ficávamos juntos durante a semana.

Que época marcante!!!

Dentre todos os momentos em que passamos juntos, alguns especialmente me emocionam até hoje.

Lembro-me quando após oito anos e meio trabalhando numa mesma empresa, por alguns motivos me decidi a pedir as contas. Para muitos os motivos eram fúteis, um desperdício na carreira. Então liguei para ele da empresa e lembro-me de falar: “Sé, lembra que pedi um sinal a Deus sobre o que fazer? O sinal veio hoje… vou pedir as contas”. Sabia que ele não concordava, até por entender bem melhor do que eu o quanto estava difícil a procura por emprego lá fora, mas ele me respondeu: “Como seu pai, só tenho uma coisa a te dizer: faça o que o seu coração mandar. Você estando certa ou não, sempre estarei ao seu lado apoiando sua escolha.” Me bastou. Dali cinco minutos fui e pedi as contas. E hoje sei o quanto isso contribuiu para eu estar onde estou hoje, fase essa em que tenho muito orgulho de mim mesma.

Logo após ter pedido demissão, em menos de uma semana eu já estava empregada como Gestora de Qualidade no Hotel Meliá (sim, eu trabalhei por alguns dias no https://www.melia.com/, que coisa!!!! rs). Ele ficou com um baita orgulho, lembro dele vendo minhas roupas sociais novas que comprei para o novo cargo. No meu primeiro dia já tive que encarar uma reunião com o Presidente do Meliá, às 5h da manhã. Acordei às 4h e quando o vi acordando para fazer meu café da manhã, lembro que falei: “Sé, não precisa acordar… descanse que eu me viro por aqui, é muito cedo!” E então ele me respondeu com um baita sorriso no rosto: “Tem coisas que a gente só pode fazer pelas pessoas que amamos enquanto estamos nessa vida. Fico feliz de estar aqui vivenciando esse seu momento com você!”, e continuou fazendo minha vitamina enquanto cantarolava e assobiava – choro até hoje quando me lembro, é um dos momentos mais inesquecíveis para mim!

Nessa época nós morávamos num condomínio grande da Av. Interlagos, zona sul de São Paulo. Para eu pegar meu carro, ele ia comigo dia após dia, andando por uns 10 minutos até chegarmos no estacionamento. Sempre querendo saber das minhas novidades e me dando dicas (já que trabalhamos sempre na mesma área). Meu guia! Meu herói!!!

Era ele quem sentava no chão comigo e com minha amiga Grace (que está hoje com ele e com Papai do Céu) e ficava rindo das nossas conversas… apoiando nossos pensamentos idealistas, em busca de um mundo melhor, enquanto tomávamos sorvete caseiro de creme no tapete da sala.

Era ele quem me ajudava quando eu recebia a missão de dar um treinamento de qualidade para uma equipe nova de 50 vendedores, sem nunca ter feito isso na vida. Me desesperava, chorava, não sabia por onde começar, e um dia depois voltava correndo para casa como a pessoa mais feliz do mundo, pois o treinamento que montamos juntos havia sido um sucesso! E comemorávamos juntos!

Aqui fica o capítulo II ajudando a entender que quem amamos nunca morre! Para conferir o capítulo I anterior a este, clique em https://blog.bleev.online/2022/12/31/amamosnuncamorremcapi/.

E até o próximo capítulo dessa temporada incrível que fez brilhar minha vida!

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