Como ser mãe espiritualizada para filhos espiritualizados
Ser uma mãe espiritualizada é uma jornada desafiadora, mas extremamente gratificante!
Sou uma mãe de dois pitoquinhos: um de 4 anos e meio, outro de 1 ano e meio!
Minha jornada maternal se iniciou de forma surpreendente, já com 39 anos de idade. Fui casada por 11 anos e nunca me imaginei nesse papel até então! Achava que eu tinha vindo a esse mundo para ser livre, leve e solta, sem amarras com ninguém e vivendo de forma solitária nesse mundão afora! Mas com 39 anos minha vida virou do avesso, e eu descobri que esse era o lado mais certo do que qualquer outro!
O primeiro filho eu tive após a separação desse casamento de 11 anos… em poucos dias resolvi viver um novo caminho, e dois meses depois conheci meu atual marido, que no 2º dia de encontro, num almoço, virou para mim e disse: “Eu sempre soube que terei um filho chamado Enzo. Gostaria que fosse com você. Topa?” E eu virei e soltei um “Por que não?!”
Enzo chegou em nossas vidas alguns meses depois, mesmo minha médica me dizendo “Senta e espera pois vai demorar, pois o anticoncepcional que você tomou a vida toda é um dos mais fortes, e seu corpo terá que limpar isso!”.
O 2º filho veio com Enzo já com 2 anos, mesmo eu tomando anticoncepcional, após eu vê-lo no meu banho escolhendo nossa família lá de cima… não, eu não estava dormindo! Eu entrei num transe durante o banho, o vi fora do planeta com uma sombra muito grande atrás, e dizendo com os dedinhos apontados para nossa casa: “É ali que eu vou!”. E a sombra perguntava: “Tem certeza?”, e o neném afirmava que sim. Algumas semanas depois fiz o teste, e lá estava Luan chegando para nossa família.
Histórias que por si só já são muito especiais e cheias de algo que transcende por trás, mas que durante os anos, vão ficando ainda mais grandiosas nas conversas do dia a dia e nas personalidades que eles vão desenvolvendo.
Essa semana, durante uma reunião na escola que eles entraram este ano (ambos já vão para a escola desde os 4 meses), a coordenadora pedagógica olhou para mim e disse de forma emocionada: “Obrigada por trazer seus dois filhos para nossa escola… eles são especiais, possuem uma forma de ver o mundo e as pessoas que não é comum para a idade deles, e estamos aprendendo muito com eles!”
Poderia passar horas aqui escrevendo sobre todas as conversas que temos juntos e todos os relatos que a escola me fez, bem como a visão que minha psicóloga tem deles… mas esse foco fica para um próximo artigo! O que me levou a debruçar sobre o teclado agora e trocar uma ideia com você que acompanha meu blog é uma dúvida que tem pairado sobre todas as conversas que tenho com meus amigos sobre esse tema:
Como ser uma mãe especial para essas crianças especiais que estão chegando, com uma carga espiritual e emocional que a gente não tem ideia de como e de onde vieram?! Que responsabilidade, que medo de fazer algo errado que interrompa essa missão de mundo que eles estão carregando!
E quer saber? Não tenho as respostas, e nem tenho certeza se eu e meu marido estamos fazendo tudo certo… talvez por que não haja o certo e o errado! Não sei… Mas uma coisa que me questionaram já duas vezes e respondi muito certeiramente por acreditar fielmente é:
Sempre que eles me perguntam algo, e eu não sei a resposta, não finjo saber somente pelo fato de ser uma mãe… vou analisando tudo com eles e construímos juntos as respostas. O simples fato de eu ser uma mãe escolhida por eles não me dá a obrigação de ter todas as respostas, e essa seria uma carga muito pesada para se carregar! Pelo contrário: quão lindo e especial é juntos construirmos as respostas: eu, com minha experiência por tudo o que já vivi e carregando um amor por eles que é difícil de ser explicado de tão divino que é, e eles, com essa energia nova que chega ao mundo de forma tão ‘bruta’, sem nenhuma lapidação, e num estado de consciência que muitas vezes até assusta, e bem maior que o de todos nós! Me parece uma parceria mais do que perfeita, você não acha?!
Enfim, ser uma mãe espiritualizada é uma jornada desafiadora, mas extremamente gratificante! E é importante lembrar que cada criança é única e cada mãe é única e, portanto, cada jornada será sempre diferente. Mas acho que quanto mais deixarmos a maternidade e os filhos fluírem num estado de energia natural, tudo se encaixa de forma plena e sábia!
A internet traz muitas dicas sobre isso, e algumas consigo me ver praticando no dia a dia, e por isso exemplifico aqui para vocês. Mas lembrando: não tenho a mínima pretensão de trazer respostas e verdades nesse artigo… é simplesmente uma troca de experiência com você, que também é mãe e sempre se sente desafiada com esse tema. Então vamos lá:
- Pratique alguma reflexão diariamente sobre espiritualidade… e nas conversas com seus filhos, encaixe esse assunto de forma leve e natural, se conectando com sua fonte espiritual e transmitindo essa conexão para seus filhos. Eu, por exemplo, tenho o hábito de conversar com os pitocos sobre sentimentos… sim, sobre sentimentos! A gente sai pra caminhar à noite em família e procuro saber o que eles vieram na escola aquele dia… e daí damos um jeito de encaixar alguma explicação sobre sentimentos humanos na conversa. É extasiante, faça o teste! Sai cada teoria e cada troca de experiências de encher o coração de amor!
- Seja um exemplo na prática, não na teoria: seus filhos aprenderão mais com o que você faz do que com o que você diz. Portanto, é importante praticar o que prega.
- Seja paciente e compreensiva: a jornada espiritual é única para cada pessoa, então é importante ser compreensiva e aceitar que seus filhos têm crenças diferentes da sua. Respeito acima de tudo… cada um tem seu caminho, e essa jornada precisa ser respeitada para que o mundo cultive o diferente!
- Use a natureza como ferramenta: o contato com a natureza é uma maneira poderosa de se conectar com a fonte espiritual, então brinque em meio à natureza, leia nesse ambiente, passeie com eles imersos na natureza.
- Faça, sempre que der, uso de histórias e contos de fadas: estas são excelentes ferramentas para transmitir ensinamentos espirituais de maneira divertida e criativa, e não se engane: toda histórica de conto de fada tem uma lição ao final que é grandiosa e muito sábia!
- Use o final de tarde com eles para conversar sobre como foi o dia de cada um… crianças espiritualizadas têm uma enorme curiosidade pela vida dos pais e dos irmãos, e se enchem de sabedoria com as práticas da vida em sociedade! Use o jantar, o lanche da tarde, o filminho da noite para trocar vivências! É rico, muito rico, e eles se lembrarão desses momentos para sempre! Posso garantir pois tive isso em família e são memórias afetivas grandiosas!
- Assista filmes com os filhos e troque entendimentos sobre a obra. Ver ficção e compará-la com a vida real também traz ensinamentos que, muitas vezes, evitam que a gente passe por algo ruim para aprender.
E lembre-se sempre: ser uma mãe espiritualizada requer tempo, dedicação e paciência. E mais do que isso, requer que você se dedique a você mesma, como pessoa, como indivíduo, e não exclusivamente como mãe: ser mãe é uma parte do nosso ser, mas há uma mulher por trás, que antes de ser mãe, precisa estar inteira como indivíduo, como ser único: então sempre que puder, faça terapia e analise tudo ao seu redor. Não viva no piloto automático! Mães que buscam sua própria evolução tiram do seu caminho todas as pedras e entulhos que são acumulados ao longo da vida, se permitindo estar livres para ajudar nos caminhos dos seus filhos.
Espero que tenha gostado dessas dicas! E quer conhecer mais sobre a BLEEV? Acesse nosso site!