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Aprender a estar no presente era um processo que teria de viver muitas e muitas vezes… uma depois da outra… até que se tornasse parte dele!

Escolha ser feliz agora, viver agora, o presente! É nesse momento presente que a sua jornada estará conectada... buscar qualquer felicidade fora do momento presente se transformará num esforço inalcançável!

Certa vez li uma frase dita por Norman Cousins, um jornalista político americano, autor, professor, e que durante a sua vida foi defensor da paz mundial. A frase dizia: “A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos!”

Fiquei pensativa sobre essa frase quando a li… quem já passou pelo drama de perder alguém pode achar difícil haver no mundo algum sentimento mais forte do que este. Mas por mais que a morte física de alguém seja uma perda imensurável, há algo ainda mais doloroso e silencioso que pode acontecer em nossas vidas: a perda do que morre dentro de nós enquanto vivemos. É como se fosse a nossa própria morte sem termos partido desse mundo ainda!

Muitas vezes, stress, pressões sociais, problemas financeiros e outras dificuldades da vida nos levam a deixar de lado nossos sonhos e esperanças. Perdemos contato com aquele brilho nos olhos que tínhamos quando éramos jovens, e nos tornamos pessoas apáticas e conformadas. Isso, aos poucos, vai tirando a graça da vida e transformando-a em uma rotina sem sentido.

Esse processo de perda pode ser insidioso e difícil de detectar, mas seus efeitos são reais (e como!!!) e duradouros. Quando perdemos a paixão pela vida, perdemos também a habilidade de estar “presente no momento presente” e apreciar as coisas simples que antes nos faziam felizes.

No entanto, há formas de evitar essa perda e conservar aquilo que nos move. Uma maneira de fazer isso é encontrar tempo para atividades que nutrem a alma e nos conectam à nossa essência. Isso pode incluir escrever, pintar, dançar, meditar ou qualquer outra coisa que te traga satisfação pessoal.

Eu, por exemplo, felizmente voltei a minha rotina de caminhadas diárias. Apesar de ter praticado outros esportes durante as diversas fases de minha vida, nesses mais de 40 anos, nunca achei um esporte que me fizesse melhor e que fosse mais completo para mim do que a caminhada: é um momento em que me exercito e, consequentemente, cuido de minha saúde. Tenho osteopenia, que é uma doença causada pela deficiência de cálcio. E o impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose e osteopenia, que é meu caso. Além disso, ainda ouço músicas, reflito sobre tudo o que está acontecendo ao meu redor e na minha vida, e ainda de quebra consigo atualizar os áudios que adoro trocar com amigos. Ou seja: é uma atividade que me proporciona vários ganhos, sem precisar pagar por isso, o que também é um ganho enorme! Nesse aspecto, e você? O que tem feito? Coloca aí nos comentários.

Além disso, é importante ter em mente que a vida é uma jornada, e que nem sempre conseguimos atingir todos os nossos objetivos. Ainda assim, não devemos deixar que isso nos impeça de seguir em frente e buscar novos caminhos. Encontrar significado e propósito na vida depende, em grande parte, de nossa disposição para experimentar e crescer.

Um outro ponto importante é a forma cada vez mais distante que o mundo atual tem de se conectar com o momento presente. Esses dias estava ouvindo um blogueiro famoso no segmento religioso, e ele dizia o quanto a geração Millennials, que é a geração dele e de pessoas nascidas entre 1981 e 1995, sofre por falta de cuidado com o presente. Segundo ele, essa geração é acometida de forma muito intensa pelas famosas doenças do século, que são a ansiedade e a depressão. São pessoas que vivem de excesso de passado (depressivas) e de excesso de futuro (ansiosas demais). Não conseguem entender que a felicidade na sua essência está no presente, nos momentos que vivemos hoje, naquilo que está em nossas mãos mudar e realizar.

Quando me sinto culpado por meu passado imperfeito, ou me sinto ansioso por meu futuro desconhecido, simplesmente não vivo no presente. E a vida em sua essência fica completamente comprometida.

Isso me lembrou muito de um livro que meu pai, quando vivo, amava e sempre pedia para lermos: o livro “O Presente Precioso”. Li quando era muito nova, e fui na ânsia de achar que era uma história romântica de alguém que recebia de outro alguém um presente muito legal. Para quem não leu esse livro, super recomendo: é pequeno, muito fácil de ler e indicado para qualquer público, inclusive infantil. Ele apresenta uma narrativa repleta de ensinamentos na qual acompanhamos a jornada de um menino que certa vez ouviu um velho falar sobre um tal presente precioso. Ele ficou tão curioso que o velho lhe explicou o seguinte: trata-se de um presente porque é, na verdade, uma dádiva. E é muito precioso porque aquele que o tem é feliz para sempre.

O menino ficou intrigado com as palavras do velho e não parou de pensar no que poderia fazê-lo feliz para sempre. Mas nenhum brinquedo era capaz de proporcionar uma felicidade infinita. O menino então cresceu e deu início a uma busca incansável pelo tal presente precioso viajando pelo mundo, mas ele não o encontrava nunca. Porém, por mais que o velho lhe explicasse o que era aquela dádiva, o homem não conseguia entender que aquilo que tanto almejava estava ali o tempo todo. Era simplesmente o tempo presente, a maior dádiva que podemos ter em vida.

Podemos escolher ser feliz agora ou podemos tentar ser feliz quando… ou se…

Escolha ser feliz agora, viver agora, o presente! É nesse momento presente que a sua jornada estará conectada… buscar qualquer felicidade fora do momento presente se transformará num esforço inalcançável!

“Aprender a estar no presente era um processo que teria de viver muitas e muitas vezes…uma depois da outra…até que se tornasse parte dele” – trecho do livro “O Presente Precioso”.

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